quinta-feira, 23 de julho de 2015

Rolling Stones - Symphaty for the devil / Lisboa - Graça


UM QUASE CONTO POUCO EDIFICANTE:

O lance do presidente da Junta (parte 1 de 7)



D. Guida, a esposa do Presidente da Junta de Freguesia de Alforges de Cima, levantou-se da cama com bastante dificuldade depois do ginasticado sexo que fez com o marido. Em silêncio, roga uma praga ao maldito negócio que parece não ter fim e tão stressado tem deixado o seu vigoroso esposo. Sabe por experiência própria que ao marido, o stress potencia de forma insuportável o apetite sexual.

Foi há coisa de duas semanas que um ilustre filho da terra, Monsieure Pierre de la Croix, bisneto de um anónimo alfogerence emigrado para frança, se propôs abrir na longínqua Alforges de Cima, o Call Center da High Tech Global Inc, uma multinacional que desenvolve e comercializa produtos de ponta, na área de robótica.  Apesar de nenhum dos vogais da Junta saber ao certo que coisa é essa de robótica, High e Tech, a palavra Global no meio de tanto estrangeirismo, e ainda para mais com o dourado carimbo de “multinacional”, empolgou de imediato os ilustres Alforgenses.

Perante a brilhante apresentação repleta de gráficos, maquetes e muito paleio em estrangeiro, apesar da boa gente de Alforges de Cima pouco perceber de inglês (uns brincalhões chegaram mesmo a dizer que aquilo estava cheio de vernáculo de Rabo de Peixe, motivo porque ninguém percebeu patavina da algraviada que Monsieure de La Criox debitou maravilhosamente) , o entusiasmo dos Vogais da Junta incendiou-se como  fogo a arder em palha muito seca.

Ainda o distinto Messiê   (como alguns vogais teimam em chamá-lo) Pierre apresentava as últimas pinceladas do maravilhoso quadro inglês (ou de Rabo de Peixe),  já as cabeças de todos os vereadores andavam numa azáfama, antevendo avultados lucros pessoais.

Para o Presidente da Junta, este Pierre era uma verdadeira bênção caída dos céus. Mais que uma bênção; era a salvação para a sua empresa de materiais de construção atualmente mergulhada numa fossa muito funda e sem sinais de recuperação.

Mas a imaginação voa célere e na cabeça do Presidente da Junta, o homem logo se vê  chegar à sua recém revitalizada empresa de materiais de construção num luxuoso Audi A6 de última geração. Em boa verdade ficou mais entusiasmado com a imagem do luxuoso Audi A6 que a empresa revitalizada.  

E bastou um olhar para o seu vice presidente, o Vitor da Ti Zéza,  para que este percebesse  logo todo o filme: o stand de automóveis do Vitor  vai-se  fartar de vender topos de gama para  toda esta malta da junta de freguesia.

Grossos maços de euros vão alegremente valsando nas cabeças dos vogais da Junta de Freguesia de Alforges de Cima enquanto imaginam  o fantástico projeto da multinacional Tech, que também é  Global, High e outras coisas maravilhosamente estrangeiras, ser implementado  na santa terrinha deles.

Quando Monsieure (como alguns teimam em tratá-lo ) Pierre de la Croix terminou a apresentação do seu projecto, a sala magna só não veio abaixo ao o som de palmas e vivas porque esta gente ainda tem algum decoro. Assim sendo, apesar da vontade de gritarem e abraçarem o santo milagreiro  Messiê de La Croix,  quer o Presidente quer os vogais limitaram-se a sorrir,. Diga-se em abono da verdade que foram sorrisos muito, mas mesmo muito gulosos. Dois ou três vereadores mais agradecidos já planeiam dar o nome deste santo benfazejo à rua principal da Freguesia.

Mal o Messiê  (para muitos vogais) Pierre de La Croix terminou o maravilhoso discurso, logo uma cadeia de boas vontades se formou na Junta de Freguesia e qualquer entrave ou resquício de burocracia foi imediatamente eliminado. O terreno para tão estratégico projeto nem chegou a ser problema e o esburacado carreiro que serve Alforges de Cima, ao tocar as doze badaladas (ou quando for da conveniência de Messiê de La Croix), transformar-se-á numa via rápida com duas faixas.

Ao que o Monssieure (também Messiê para alguns Alfogerences) Pierre lhes disse que se houver via rápida, ele, Pierre de La Croix, tudo fará para plantar uma grande superfície à entrada de Alforges de Cima.

O stress do Presidente da Camara começou quando o Messieur de la Croix lhes disse que tinha feito esta mesma proposta à junta de Alforges de Baixo.

Foi a partir deste dia que a D.Guida começou com um andar estranho. 

Cedo as boas gentes de Alforges de Cima começaram a especular sobre a misteriosa doença que vai minando as pernas da pobre esposa do Presidente da Junta e que a obriga a andar daquela forma tão esquisita.

No dia seguinte as coisas pioraram tanto para a Junta de Freguesia como para a D. Guida. Pioraram tanto que por um momento a D. Guida, entre gemidos e arquejos, temeu que o marido tivesse enlouquecido.

Nesse dia, o Presidente da Junta estava pela terceira vez a cavalgar empenhadamente  a D. Guida quando desatou a gritar.

- Maldito Fagundes!

Convém explicar que não há Junta de Freguesia que se preze que não tenha um Fagundes lá metido. Então o de Alforges de Cima é particularmente picuinhas.

Só podia ter sido o maldito Fagundes a largar a bomba:

- A família Cruz é de Alforges de Baixo – disse perante a incompreensão geral.

Quando aportuguesaram o nome ao Pierre, quando finalmente se aperceberam que por cá o homem seria Pedro Cruz, ouviram-se gemidos por toda a sala magna da Junta.

Afinal a  batalha que opunha as duas Alforges tinha o jogo viciado. O sangue e a linhagem do Pedro Cruz fazem o campo do jogo inclinar-se perigosamente para Alforges de Baixo.

Apercebendo-se das implicações, o Presidente encheu-se de grande stress e logo correu para casa gritando pela Guidinha enquanto, possuído por grande nervosismo, ia despindo as calças.


(continua)














































LOCAIS ONDE SE PASSA A ACÇÃO

LISBOA
GRAÇA















Anselmo Munguambe

Ex inspector criminal da DNIC Angolana, vê-se envolvido numa investigação em  Cabinda. 
Tenta sem grande êxito esquecer o seu amante de Luanda, o Puto Zé.




















Puto Zé

A vida, para ele é uma festa. Ou melhor: muitas festas. 
Vive-a intensamente, sem preocupações nem amarras. 
Um homem que nunca deixou se ser um puto.























Sam (2º livro)

Viúva, muda-se de Fort Worth, Texas, para Cape Cod, Massachusetts , na esperança de refazer a sua vida. 
Recupera uma velha mansão em Cape Cod. 
Uma festa na Igreja de Provincetown irá alterar radicalmente a sua vida.























Pedro Lage
Médico emigrado em Boston, regressa a Lisboa à procura de vingar a morte de sua esposa, Annie Choat.






















Gianpiero Bozzo
Banqueiro e um dos chefes da Máfia americana. 
Adotou o Pedro Lage quando este, numa arriscada intervenção cirúrgica ao cérebro,  salvou o seu filho único de uma morte certa.

 Trata por filha a Annie Choat e jurou vingar a sua morte.






















Annie Choat
Mulher de Pedro Lage. 

Morreu num atentado em Sevilha, quando uma bomba explodiu perto da Giralda.


























John Travis

Ex. mercenário  Sul Africano. 
Participou com o Carlos Parreira no massacre de Nyarubuye. 
Banido de uma força privada de segurança, procura junto do amigo um emprego na Elad, a empresa angolana de lapidação de diamantes.























Katty Ryllei (2º livro)

Filha da Sam. 
Com o inseparável Bob, o amigável pastor belga, calcorreia alegremente as praias de Cape Cod. 
Um dia,  dá com um homem no topo da sua duna preferida.

















Jota

Inspector criminal da DNIC Angolana. Coordena uma investigação em  Cabinda e tenta não saír chamuscado deste mediático caso.






















Kiese
Jovem agente da policia de Cabinda. 

Durante demasiado tempo investigou sozinho o caso das jovens desaparecidas. Com a chegada dos reforços vindos de Luanda, o seu equilíbrio ameaça desintegrar-se.



















Teresa Belo

Prostituta de luxo com uma visão positiva, confiante e muito gratificante da vida.
 Não fosse a enorme  obsessão do Carlos Parreira por ela e, sim, era caso para dizer: 
la vie en rose.
















Inspetor Frederico de Souza
Reformado da PJ.  
 Apesar de ter colaborado marginalmente no caso do atentado em Sevilha, a impunidade do ato leva-o a encetar uma obsessiva cruzada em busca da verdade.


















Edward Choat (2º livro)
Pai da Annie. 

Devastado pela morte da filha, tenta preservar as memórias num caderninho que leva consigo para todo o lado.  Subitamente, numa visita ao Pedro Lage, o seu quotidiano sofre uma dramática alteração.






















Clara de Souza

Esposa do Inspetor Frederico. 
Preocupada com a obsessão do marido pelo insolúvel caso de Sevilha, reúne todas as forças para lutar por ele, tentando resgatá-lo  do crescente alheamento que o atormenta. 



















Inspetor Miguel
Miguel Lacerda
Inspetor da PJ. Desencantado com a vida, com a ex mulher e com a reforma que teima em fugir. 

A estranha ligação de um banqueiro assassinado a uma prostituta desaparecida ameaçam estragar o Natal cuidadosamente preparado com a sua filha.

















Chefe Mike (2º livro)
O chefe Mike tem uma boa vida na tranquila  Provincetown, e tem-na aproveitado ao máximo. A chegada de um forasteiro irá complicar muito a pacatez do bom Xerife.  E com ele surge o primeiro assassínio na pacífica povoação de  Cape Cod.























Sam Rilley (2º livro)
Viúva, mãe da Katty.
Muda-se de Fort Worth, Texas, para Cape Cod, Massachusetts , na esperança de refazer a sua vida.
Recupera uma velha mansão na praia. Uma festa na Igreja de Provincetown irá alterar radicalmente a sua vida.




















Katty Rilley (2º livro)

Filha da Sam. 

Com o inseparável Bob, o amigável pastor belga, calcorreia alegremente as praias de Cape Cod. Até ao dia em que dá com um homem solitário no topo da sua duna preferida.





















Pedro Lage
Médico emigrado em Boston. 
Regressa a Lisboa à procura de vingar a morte de sua esposa, Annie Choat.
























Annie Choat
Mulher de Pedro Lage. 

Morreu num atentado em Sevilha, quando uma bomba explodiu perto da Giralda.






























































quinta-feira, 16 de julho de 2015

Houndmouth - Sedona, Boston, Public garden



UM QUASE CONTO POUCO EDIFICANTE:

O escorpião e a tartaruga

A bicharada já não tem dúvidas; a ilha está a afundar-se. O lento mas persistente avanço das águas, tem causado o pânico na malta e num coro de aflitos, cada um tenta encontrar a miraculosa salvação.

Nesta aflição, e tal como o patinho feio um dia se transformou em cisne, a pachorrenta tartaruga virou a estrela da companhia ao transportar esforçadamente alguns trémulos animais para a ilha mais próxima.

Mas a pobre tartaruga com o seu vagaroso andar nunca conseguirá salvar a tempo todo o pessoal. Por isso quando o apavorado gato subiu para uma tábua que flutuava por ali, o cão rosnou apenas por uma questão de hábito, só para manter os seus pergaminhos. E num equilíbrio instável, gato, rato, formigas, um coelho e algumas pulgas acomodaram-se o melhor que conseguiram na frágil tábua, enquanto o cão empurra com o focinho o pedaço de madeira na direção da outra ilha.

Mas as coisas nem sempre se passaram desta forma tão harmoniosa. Num tronco repleto de animais mesmo prontinho para zarpar, aconteceu a debandada geral quando o escorpião se aproximou, querendo também ele uma boleia.

Esta já era a quinta tentativa do escorpião subir para um tronco. Subir, ele até subia. O problema era que a bicharada fugia logo num histérico alvoroço, deixando o pobre escorpião abandonado no solitário tronco.

E o tempo foi passando com o escorpião a correr de tronco em tronco causando o pânico na malta, enquanto a vagarosa tartaruga ia assegurando o serviço de ferry entre as duas ilhas.

Por fim a ilha já não era mais que metro e meio de terra. Foi então que se cometeram verdadeiros atos de loucura quando as últimas galinhas, porcos, lagartos e avestruzes se fizeram à vida entre gritos, choros e muitas angustiadas rezas.

O pedaço de terra ficou finalmente sem ninguém.

Ninguém?

E o escorpião?

Pois é. O pequeno escorpião chorava baba e ranho numa aflição crescente enquanto via o impiedoso avanço das águas.

Muito gritou por socorro o sofrido animal!

Calhou a tartaruga fazer uma última travessia para ver se ainda restava algum animal para salvar.

Foi quando deu com o choroso escorpião.

  • Salva-me, tartaruga. Peço-te. Imploro-te. Por favor, por favor salva-me desta morte certa.

Apesar do bondoso coração da nossa heroína se condoer com a aflição do negro animal, afastou-se prudentemente do negro escorpião e meteu-se lentamente na água. O aflito escorpião, agora já sem terra seca e com as águas a cobrirem as patitas, uivou, gritou, implorou e jurou que se salvasse desta seria um outro escorpião. Um animal melhor, um irmão para a tartaruga.

  • Um santo – jurava entre lágrimas o escorpião – Passarei a ser uma alma benemérita. Um amigo dos pobres, dos menos pobres e dos muito ricos também.

Cativado por tão sentido ato de contrição, a nossa heroína pensou que esta provação transformou o escorpião num animal melhor. Assim, em vez de regressar sozinha à outra ilha, um pouco a medo lá se aproximou do choroso escorpião.

E o negro animal tratou logo de subir para a carapaça da nossa heroína entre frases de agradecimento a Deus, à tartaruga, a tudo e a todos também.

E uma vez mais a tartaruga rumou para a outra ilha, agora com o agradecido escorpião na carapaça.

Talvez devido à humidade da carapaça da tartaruga, talvez pelas ondas que se faziam sentir, o certo é que o escorpião escorregou, gritou que se fartou e foi borda fora numa imensa aflição.

A vagarosa tartaruga apenas viu a última patita do escorpião girar como um catavento histérico e depois... mais nada. Logo a nossa heroína mergulhou no oceano e numa velocidade surpreendente nadou até ao moribundo escorpião, resgatando-o pela segunda vez de uma morte certa.

Extenuada, a tartaruga mal chega a terra deita-se esgotada sobre a terra seca. De tão cansada que está, esquece-se de recolher as patas.

A visão daquela carne pulsante e desprotegida foi demasiado para o escorpião. Milhões de anos levaram a melhor sobre as boas intenções do negro animal e mal o escorpião desce para terra firme, a sua natureza falou mais alto.

O escorpião aproxima-se de pata da tartaruga de ferrão em riste e o veneno ansioso por se libertar na tenra carne da tartaruga. Mas espera para lhe dar a fatal ferroada.

Um pedra esborracha o escorpião enquanto um macaco grita:

  • Matei-te, malvado, finalmente matei-te!

Logo um horrorizado coro de repúdio fez-se ouvir contra o macaco.

Os tempos são outros, grita exaltada a bicharada.

Ilha nova, um novo recomeço faz-se ouvir entre porcos, vacas, carneiros e os demais animais.

Nesta ilha, cães e gatos são amigos e a lei é soberana, passa a ser o slogan mais vezes repetido.

Rapidamente se forma um tribunal que por unanimidade e aclamação condena o macaco à morte.


Olho por olho, dente por dente, gritam os eufóricos animais enquanto a tartaruga lança a primeira pedra na direção do macaco. 















































LOCAIS ONDE SE PASSA A ACÇÃO

BOSTON
JARDIM PÚBLICO










Pedro Lage
Médico emigrado em Boston. 
Regressa a Lisboa à procura de vingar a morte de sua esposa, Annie Choat.












Annie Choat
Mulher de Pedro Lage. 
Morreu num atentado em Sevilha, quando uma bomba explodiu perto da Giralda.














Inspetor Frederico de Souza
Recentemente aposentado da PJ.
 Apesar de ter colaborado marginalmente no caso do atentado em Sevilha, a impunidade do ato leva-o a encetar uma obsessiva cruzada em busca da verdade.













Teresa Belo
Prostituta de luxo com uma visão positiva, confiante e muito gratificante da vida. Não fosse a enorme  obsessão do Carlos Parreira por ela e, sim, era caso para dizer:
 la vie en rose.















Anselmo Munguambe
Ex inspector criminal da DNIC Angolana. 
Vê-se envolvido numa investigação em  Cabinda. Tenta sem grande êxito esquecer o seu amante de Luanda, o Puto Zé.














Edward Choat (2º livro)
Pai da Annie. 
Devastado pela morte da filha, tenta preservar as memórias num caderninho que leva consigo para todo o lado.  Subitamente, numa visita ao Pedro Lage, o seu quotidiano sofre uma dramática alteração.


















Chefe Mike (2º livro)
O chefe Mike tem uma boa vida na tranquila  Provincetown, e tem-na aproveitado ao máximo. A chegada de um forasteiro irá complicar muito a pacatez do bom Xerife.  E com ele surge o primeiro assassínio na pacífica povoação de  Cape Cod.





















Sam Rilley (2º livro)
Viúva, mãe da Katty.
Muda-se de Fort Worth, Texas, para Cape Cod, Massachusetts , na esperança de refazer a sua vida.
Recupera uma velha mansão na praia. Uma festa na Igreja de Provincetown irá alterar radicalmente a sua vida.














Clara de Souza (2º livro)
Esposa do Inspetor Frederico. 
Preocupada com a obsessão do marido pelo insolúvel caso de Sevilha, reúne todas as forças para lutar por ele, tentando resgatá-lo  do crescente alheamento que o atormenta. 


















John Travis
Ex. mercenário  Sul Africano. 
Participou com o Carlos Parreira no massacre de Nyarubuye. Banido de uma força privada de segurança, procura junto do amigo um emprego na Elad, a empresa angolana de lapidação de diamantes.














Kattie Rilley (2º livro)

Filha da Sam. 
Com o inseparável Bob, o amigável pastor belga, calcorreia alegremente as praias de Cape Cod. Até ao dia em que dá com um homem solitário no topo da sua duna preferida.













Gianpiero Bozzo
Banqueiro e um dos chefes da Máfia americana. 
Adotou o Pedro Lage quando este, numa arriscada intervenção cirúrgica ao cérebro,  salvou o seu filho único de uma morte certa.
 Trata por filha a Annie Choat e jurou vingar a sua morte.  
















Miguel Lacerda
Inspetor da PJ. Desencantado com a vida, com a ex mulher e com a reforma que teima em fugir. 
A estranha ligação de um banqueiro assassinado a uma prostituta desaparecida ameaçam estragar o Natal cuidadosamente preparado com a sua filha.

















Kiese
Jovem agente da policia de Cabinda. 
Durante demasiado tempo investigou sozinho o caso das jovens desaparecidas. Com a chegada dos reforços vindos de Luanda, o seu equilíbrio ameaça desintegrar-se.











Puto Zé
Para ele, a vida é uma festa. 
Ou melhor: muitas festas. Vive-a intensamente, sem preocupações nem amarras. Um homem que nunca deixou se ser um puto.
















Padre Thomas (2º livro)
Cedo o bom padre Thomas desenvolve uma tranquila amizade com o Pedro Lage. O convite que fez ao Pedro para abrilhantar uma festa na sua paróquia irá desencadear um conjunto de ações que nenhum poderia suspeitar.
















Inspetor Frederico de Souza
 Recentemente aposentado da PJ.
Apesar de ter colaborado marginalmente no caso do atentado em Sevilha, a impunidade do ato leva-o a encetar uma obsessiva cruzada em busca da verdade.























Annie Choat
Mulher de Pedro Lage.
 Morreu num atentado em Sevilha, quando uma bomba explodiu perto da Giralda.
























Pedro Lage


Médico emigrado em Boston.
Regressa a Lisboa à procura de vingar a morte de sua esposa, Annie Choat.